Aprender um novo idioma tem seus obstáculos. É normal se sentir frustrado em certas ocasiões, especialmente quando cometemos alguns dos erros gramaticais mais comuns. Existe uma maneira de evitar esses erros e ela pode parecer óbvia, mas é muito importante. Estudar bem a gramática é a única maneira de falar corretamente.
Muitos dos erros que cometemos ocorrem porque traduzimos frases e orações diretamente do português.
A prática pode ajudar, pois usar um idioma regularmente ajuda a aprender regras e estruturas de uma forma natural e quase sem perceber, mais ou menos como ocorre com as crianças quando aprendem a falar.
Lembre-se de que com cada erro, também vem um aprendizado. Logo, suas principais dúvidas de inglês serão coisa do passado. Nós mostraremos, a seguir, os 10 erros gramaticais mais frequentes que talvez você esteja cometendo sem saber e como evitá-los.
Preste atenção nos erros verbais
Alguns dos erros mais comuns ocorrem com os verbos. Mas como dissemos anteriormente, o importante é que você não se deixe abalar pelos erros, mas aprenda com eles. Fique atento com os erros mencionados abaixo.
Everybody are happy.
A palavra everybody (todos, cada um) em português seria traduzida com o plural “todos”. Isso pode nos fazer errar e conjugar o verbo no plural. Na verdade, everybody, assim como somebody (alguém), nobody (ninguém) e anybody (qualquer um), é um substantivo singular e, portanto, requer o verbo no singular.
Is everybody happy to come?
(Todos estão felizes por vir?)
If I will see Judy later, I’ll give her the news.
Aqui, o erro está no início da frase. Esta é uma oração condicional é do tipo 1 e, portanto, expressa uma possível condição e suas prováveis consequências. A proposição condicional do tipo 1 vai estar sempre no simple present (presente do indicativo), enquanto que o complemento exige o simple future (futuro do indicativo). Esta regra também se aplica no caso dos falantes do português e, portanto, é só prestar um pouco de atenção para não se enganar.
If I see Judy later, I’ll give her the news.
(Se eu ver Judy mais tarde, darei a ela a notícia)
Do you want that I make dinner?
Em português, traduziríamos esta frase como “Quer que eu prepare o jantar?” e, portanto, é quase natural formular a oração como vemos no subtítulo anterior. Na verdade, no inglês soa muito mal porque o pronome that (que) nunca é usado depois do verbo want (querer).
A construção correta exige o verbo no infinitivo com o to depois de want. Esta regra é aplicada para muitos outros verbos que indicam uma solicitação, desejo ou ordem, tais como: order (ordenar), tell (dizer), invite (convidar), persuade (persuadir), ask (perguntar), prefer (preferir), intend (ter a intenção de).
Do you want me to make dinner?
(Você quer que eu prepare o jantar?)
I ask you not to talk about the issue with Julia.
(Peço que você não fale sobre o assunto com Julia)
I am thinking to buy a new house.
Diferente da construção que acabamos de ver acima, o verbo to think não é regido pela proposição infinitiva. Portanto, quando o verbo to think introduz uma oração, é necessário usar a construção about (sobre) + verbo em –ing ou of (de) + verbo em –ing.
I am thinking of buying a new house.
I am thinking about buying a new house.
(Estou pensando em comprar uma casa nova)
Evite traduzir diretamente do português
Essa é uma dica importante que nos ajudará a evitar alguns erros frequentes. Muitos dos erros que cometemos ocorrem porque traduzimos frases e orações diretamente do português. Com isso, não prestamos atenção em formações que não são utilizadas em inglês, mas que são comuns em nossa língua materna.
Veja alguns exemplos abaixo.
I’ll explain you the problem.
No português informal, nós falaríamos “vou te explicar o problema”. No entanto, esta oração possui dois complementos, o objeto direto the problem (o problema) e o objeto indireto you (você).
Em inglês, os dois complementos devem ser claramente distinguidos, introduzindo o pronome pessoal you com a preposição to (para). Além disso, a forma mais correta exige que o objeto direto the problem siga imediatamente após o verbo.
Mary is not attending the meeting tomorrow. I’ll explain the problem to you.
(Maria não virá para a reunião amanhã. Vou explicar o problema para você)
I have the possibility to visit New York next year.
Depois do verbo to have, o substantivo opportunity (oportunidade) é usado para indicar possibilidades em inglês. A palavra possibility é usada geralmente depois da expressão “there is…” (há).
I have the opportunity to visit New York next year.
(Tenho a possibilidade de visitar Nova York no ano que vem)
There is a possibility that I may visit New York next year.
(Existe a possibilidade de eu visitar Nova York no ano que vem)
She asked me where do I live.
Como você sabe, na forma interrogativa usamos o auxiliar do/does/did, porém, isso não ocorre no caso do reported speech (discurso indireto), que não exige o uso do auxiliar.
She asked me where I live.
(Ela me perguntou onde eu moro)
I visited a castle with my five-years-old niece.
Aqui há uma pequena informação que você precisa ter em conta. Aprendemos na escola que quando indicamos a idade de alguém, a palavra year (ano) vai no plural. Porém, isso se aplica quando a idade é introduzida pelo verbo ser.
My niece is five years old.
(Minha sobrinha tem cinco anos)
Quando a idade é expressa em forma de adjetivo e, portanto, antes do substantivo ao qual se refere, a palavra year sempre vai no singular.
I visited a castle with my five-year-old niece.
(Visitei um castelo com minha sobrinha de cinco anos)
My workplace is near to the gym.
Near (perto) é um sinônimo de close to, porém, não exige o uso de to (a).
My office is near the gym.
My office is close to the gym.
(Meu escritório fica perto da academia)
I like very much pizza.
O advérbio much (muito) nunca vai entre o verbo e o objeto, mas sempre ao final. Porém, esta é uma expressão que não se utiliza muito no discurso oral, por isso deve-se preferir “a lot” (muito) ou “really” (realmente).
I like pizza very much.
I really like pizza.
I like pizza a lot.
(Gosto muito de pizza)
Não tenha medo de errar! Os erros que cometemos são uma parte fundamental do aprendizado de um novo idioma. Eles nos mostram o caminho que devemos traçar e quais devem ser os nossos focos de estudo para que possamos evitá-los no futuro.
Para não cometer erros, o método ideal é aprender as regras, acompanhando-as de uma prática constante das habilidade de escuta e fala. Lembre-se de que os verbos são uma parte fundamental da língua e evite traduzir frases literalmente do português. Essas pequenas dicas ajudarão você a sair muito bem no seu aprendizado.
Seus esforços serão recompensados! O aprendizado é um caminho que deve ser seguido constantemente. Aproveite os erros como uma nova forma de aprendizado e você estará falando inglês fluentemente antes do que espera.