O inglês se tornou indispensável no nosso mundo globalizado. É o idioma utilizado na diplomacia, no comércio internacional e nos negócios. Gostando ou não, temos que lidar com essa realidade e aprender essa língua. É possível que não trabalhemos em áreas que precisem de relações internacionais, mas apesar disso, cedo ou tarde a necessidade de falar inglês pode aparecer.
Tanto para quem gosta de viajar quanto para quem não gosta de sair de casa, o inglês é importante, seja para estabelecer uma comunicação efetiva com pessoas de outros países ou para encontrar uma informação que não está disponível no nosso idioma. Tal é sua importância que em todos os países onde não se fala inglês, o ensino do inglês é obrigatório e é objeto de investimentos importantes por parte dos governos e iniciativas que promovem sua aprendizagem.
Qual a colocação do Brasil?
O informe internacional sobre o índice de proficiência em inglês no mundo, EF EPI, esse ano em sua sétima edição, colocou o Brasil na 4ª posição entre 15 países na América Latina, e na posição 41ª entre os 80 países do mundo que participaram do exame. O Brasil tem um índice de proficiência de 51.92, considerado baixo. Na América Latina está posicionado depois da Argentina, República Dominicana e Costa Rica e antes de Uruguai, México e Chile. O informe analisou 20 iniciativas importantes que promovem a aprendizagem do inglês em vários países, como os programas de ensino escolares, a capacitação de docentes e o uso de plataformas de aprendizagem. Além disso, como nas edições anteriores, foram considerados fatores como a média de anos escolares, os gastos em educação e a penetração da Internet no país, aspectos considerados importantes para a aprendizagem do idioma. De fato, sabemos como a difusão da Internet e as iniciativas para promover a educação influenciam no crescimento e na motivação para aprender, elementos fundamentais também no caso de aprender outro idioma.
Desde a primeira edição do estudo em 2011, a pontuação do Brasil sempre esteve baixa, com uma piora no ano de 2012, quando foi classificada como muito baixa. Um dado significativo avaliado no estudo é a média de anos escolares, que no Brasil é de 7.8 anos muito abaixo da média global dos países analisados em 2013 que foi de 9.2 anos, e mais abaixo ainda que a média da Argentina, por exemplo, país na América Latina com melhor colocação, que tem uma média de 9.9 anos.
Outro dado interessante é que a pontuação média dos estudantes por idade não é progressiva. Uma vez que o inglês é tema constante dos programas escolares desde a infância até a universidade, é esperado que ocorra uma melhora crescente da aquisição da linguagem. Mas não é bem assim, ao longo dos anos há altas e baixas na aprendizagem. Isso pode estar relacionado à pouca ênfase que os programas escolares dão à compreensão auditiva e à leitura se comparada ao tempo dedicado apenas à escrita e a comunicação oral. Outro fator que pode contribuir para esse progresso inconstante é a variação do tempo dedicado à aprendizagem do inglês ao longo da trajetória escolar ou até mesmo a pressão externa que alguns jovens podem sofrer para aprender o idioma em determinados momentos, como no caso de jovens por volta de 18 anos que, para se prepararem para conseguir um emprego ou prestar vestibular, precisam melhorar suas habilidades em inglês.
O inglês e os estados brasileiros
Conforme a pontuação média de proficiência alcançada pelo Brasil no informe da EF EPI, os participantes teriam as seguintes habilidades: visitar um país de língua inglesa como turista, participar de uma conversa com colegas, entender e-mails simples de colegas.
Os estados da região sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul) juntamente com Brasília e São Paulo estão no topo da lista, com uma pontuação acima da média nacional, o que os leva a ter um nível de proficiência moderada. A discrepância entre a pontuação do primeiro colocado, Brasília (53.73), e a do último, Mato Grosso (45.40), é considerável. Diferentemente dos 5 primeiros estados, os 5 últimos – Rio Grande do Norte, Bahia, Goiás, Amazonas e Mato Grosso – apresentam uma proficiência classificada como muito baixa, entre 48.45 e 45.40. No meio da lista, com o nível de proficiência baixa, estão os estados de Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Espírito Santo, Paraíba e Pará.
O que fazer para alcançar uma mudança real?
Além das classificações, nós deveríamos nos perguntar o que pode ser feito para melhorar as habilidades dos brasileiros em inglês. Talvez a implementação de um programa bilíngue nas escolas poderia ajudar. Mas a mudança deve partir principalmente dos indivíduos, da vontade de cada um, da vontade de se desenvolver. Talvez poderíamos começar a pensar sobre a necessidade de deixar de lado a preguiça e participar na aprendizagem desse idioma.
Atualmente existe um forte debate sobre a relação entre a aprendizagem de idiomas e a dublagem de filmes, por exemplo. Sabe-se que os países que utilizam pouco a dublagem ocupam as primeiras posições na lista de proficiência na língua. Isso seria uma coincidência? Não queremos entrar no debate, o que sabemos com certeza é que os filmes e as legendas são uma excelente forma de aprender um idioma, já que estamos expostos a dois idiomas, o nosso e um novo, e isso favorece implicitamente a aprendizagem. A ABA English usa esse método para ensinar inglês. Através da apresentação de curta-metragens legendados e de exercícios, você vai poder aprender inglês sem esforço e em pouco tempo. Por que não tentar hoje?